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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Capitão Nascimento - a trajetória de um anti-vilão




por Marcel Albuquerque


Não sou lá um especialista em gêneros literários – e temos aqui personas mais recomendadas que eu para falar sobre: as letradas Julya e Natacha -, mas mês passado saí do cinema com uma absurda necessidade de tecer alguns comentários sobre o Capitão – digo... Coronel – Nascimento, do Tropa de Elite. Perdoem o "atraso", mas é que se trata de um filme, sobretudo, paradoxal. O clima da trama que é desdobrada pela narrativa do personagem do Wagner Moura instiga um espírito agressivo – poucos são aqueles que saíram da sessão sem o desejo de abrir uma porta a pontapés -, por mais que se tenha consciência de que a repressão policial não resolve questões estruturais que provocam a violência. Mais que isso, é construída uma forte empatia com o protagonista da história, apesar de se tratar de um sanguinário – ok, o segundo filme muda um pouco essa perspectiva, já-já falo disso. O ponto q'eu quero chegar mesmo é: se Capitão Nascimento não é exatamente um herói, muito menos um vilão, o que ele é?

Tenho certeza que uma galera respondeu de bate-pronto: “Ora, ele não é nada. O mundo não é dividido em mocinhos e bandidos”. E não é mesmo, cada ponto de vista é a vista de um ponto – gosto de frisar isso – mas numa obra de ficção é tradicional esse tipo de categorização. No atual cenário artístico, por evidente influência das concepções de mundo, esse tipo de nomenclatura está sendo flexibilizada. Por rejeição às definições – às vezes, são casos de rotulações, melhor dizendo -, os protagonistas fogem um pouco do seu ideal: o herói não é mais tão destemido, galã, perspicaz e sedutor. Exemplos disso não faltam, dos gibis à vida cotidiana. O Homem-Aranha, apesar de ser um super-herói, gagueja, tropeça e não é das maiores referências de beleza. Shrek muito menos e, ainda por cima, é um ogro, grosso, porco, burro e feio. No cenário político, Lula: nordestino, baixinho, gordinho, dono de uma oratória não muito erudita, sem formação acadêmica, mas reconhecidamente um dos grandes ícones da história deste país. Até o Super-Homem, herói mais apelão de todos, morreu em uma edição de sua HQ no começo da década de 90. Um anti-herói, que é outra categoria, mas não necessariamente um outro tipo de protagonista - pois nem precisa sê-lo, uma vez que há obras em que vilões são os principais, vide Hannibal -, é aquele que, apesar dos seus resultados de bravura, não carrega consigo o caráter de inalcançável, é mais humano e menos idealizado.


Transitando um pouco o olhar e tornando o tema um cado mais denso, ressalto que a problemática da Segurança Pública é envolvida, como já pincelei ali acima, em algo muito mais profundo do que simplesmente matar criminosos ou discutir maioridade penal. Não se trata de vigiar ou punir, mas da origem da violência. A polícia é a representação máxima do uso exclusivo da força por parte do Estado, com a finalidade última de manter as coisas como são. É claro que enquanto houver a necessidade de leis, vai ter um grupo de pessoas incumbidas de exercê-las. Mas alegar que a solução para reger uma sociedade é matar aqueles que são marginalizados dela, é ignorar a desigualdade existente e o fato de que nós somos resultado de nossas interações sociais. Muitos dirão “Ué, mas a maioria das pessoas que moram na favela não é composta de bandidos”. Então replico: tudo bem, mas o envolvimento com o crime não é questão de ter mil escolhas e optar por aquilo; é, sim, dentro de uma gama muito limitada de oportunidades, se ver mais beneficiado por esse tipo de oferta. Mas aí eu te pergunto: que realidade é essa, em que alguém decide por essa relação 'custo x benefício' tão arriscada?

Tá, e o Capitão – tsc... CO-RO-NEL – Nascimento? Vamos lá. Ele é o tipo de cara que cagava pra isso tudo que acabei de falar e você, se for preguiçoso ou alienado, achou um saco. Na verdade, ele continua não refletindo acerca da pobreza, mesmo que critique o sistema policial e o envolvimento que o Estado tem com aquilo que ele mesmo recrimina: existe todo um jogo de interesses acima do discurso de bem-comum e ele [Nascimento] passa a se opor a isso. Não chamo essa visão de 'nobre', porque seria uma contradição de termos falar que é nobre algo que critica o monopólio do poder, mas é deveras – essa palavra dá um ar de seriedade ao texto, né? – valiosa. O ponto que quero chegar é: na trajetória contada entre o primeiro e o segundo filme, existe a perpetuação do Capitão Nascimento como figura de protagonista, mas ele vai perdendo, aos poucos, o aspecto de matador-fodão-picadasgaláxias-zeroum-quefazosoutrospediremprasair para virar um crítico deste tipo de mecanismo – eu sei, ele continua sendo sinistro, quem viu o filme sabe disso.

A hipótese que eu levanto é que, apesar de ser corajoso, sagaz e atraente – não tenho problema em dizer que um cara é bonito, não acho que é o caso dele, mas escuto suspiros por causa de sua voz, apesar das olheiras e bochechas de bulldog velho... mas ENFIM -, ele não é propriamente um herói consciente dos reais problemas, que tenta ou é capaz de encarar tudo e todos, vencendo essa guerra com seu exército de um homem só – no melhor estilo Rambo. Por outro lado, é tampouco vilão, apesar de sua profissão ser a de assassinar e privar pessoas de liberdades, porque ele consegue com isso ter apoio popular. Apoio esse que tem legitimidade contestável, pois é fruto de manipulações midiáticas como a demonstrada no filme, numa óbvia alusão ao ilustríssimo apresentador e deputado estadual Wagner Montes. Depois falam que o problema é o Tiririca, enquanto há um cara como esse que, contraditoriamente, apregoa que a educação é a salvação e defende a pena de morte, o que me remete – perdoem-me a possível avulsidade – à música “Haiti” do Caetano Veloso.

Retomando o foco do texto, é interessante observar que Nascimento não se importa com a morte dos traficantes, pois essa é sua maior satisfação, preparado que foi para tal atividade na polícia e fora dela. Entretanto, é descabido julgá-lo como vilão, porque ele avalia que combater o tráfico é o maior tipo de heroísmo social. Assim como Aquiles, do filme Tróia e do livro A Ilíada, se envolve numa guerra que não é dele, em uma busca egocêntrica de receber prestígio. A distinção fundamental de ambos, que faz com que o guerreiro grego seja herói e o policial brasileiro não, é que Aquiles está em um combate explícito para ambos os lados, onde não há um problema de desigualdade social relacionado, enquanto Nascimento mal sabe para quem luta. Portanto, Nascimento não é um herói, anti-herói ou vilão, mas sim uma espécie de anti-vilão: percebe que dedicou sua vida a algo que ele agora discorda. Não acerta sempre como o herói, não erra mas tem êxito como um anti-herói e não é simplesmente mal como um vilão. Parceiro, a missão que era dada e sempre cumprida mudou: o inimigo agora é outro.

93 comentários:

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  2. Vai te Fude Seu Fanfarao
    Pede pra sair
    Pede pra sair
    Seu filho da puta

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  3. deveriam molestar o capitão nascimento (:

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  4. Felipe neto !
    elle indicõohh oo sitêeeeh'
    RIDISSOPRACARALHO'

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  5. vai procurar oq fzer mano isso é inveja,o filme é mt foda e ele é um ator talentoso pra caramba

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  6. claro que o felipe neto te trouxe aqui, o blog é dele.

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  7. Gostei da visão do texto. Concordo com o que você disse e como diz "o inimigo agora é outro". O Coronel Nascimento é só mais uma arma de manipulação do governo que quando se viu encurralado foi lutar por si próprio. E aliás, o Wagner Moura é bem atraente mesmo; tem nego de 20 anos que não dá 50% dele.

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  8. ...Eu prefiro um país cheio de Capitão Nascimento que um país cheio de Tiririca...

    De qualquer forma, eu acho que um Capitão/Coronel Nascimento que "não tem noção dos reais problemas do país" ajuda mais a sociedade mandando traficante pra vala do que quem fica filosofando em Blog.

    ...mas é só minha humilde opinião....

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  9. e não é simplesmente MAU como um vilão...

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  10. q bosta nunca tinha visto esse blog agora q eu nu vou mais ver mesmo

    fanfarao

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  11. Você é muito complexo pra mim, hahah

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  12. Nossa escreveu tudo isso no intuito de desmoralizar um personagem, vai lá kk

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  13. Seu texto ficou bem elaborado, está de parabéns pela crítica.
    Discordo em alguns pontos, porém concordo em outros, mas é fundamental ressaltar que de fato é imprescindível a apresentação de outras opiniões além das que circulam a mídia atual sobre o filme e o personagem, portanto mais uma vez: meus parabéns.

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  14. Arrasou na frase final !

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  15. Felipe Neto não é o dono do Blog seu idiota.
    Seja um pouco mais frenquente e um pouco menos paga pau e vai descobrir que ele já não faz mais parte disso.

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  16. o nascimento vai trazer o he-man pro bope, faca na caveira

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  17. Interessante essa visão, mas não concordo com alguns pontos que foram expostos. Temos uma realidade social que exige ação imediata, por isso não acho errada a atitude dele de matar um traficante por exemplo, já que o traficante mantém pessoas inocentes como refém e mata qualquer delas sem recentimentos. A solução para muitos dos nossos problemas sociais está nas bases, educação principalmente, mas não temos essa base, dessa forma a cada situação cabe uma medida, e o governo não tem as feito.

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  18. Axo que a comparação com Aquiles teve nada a ver... Contudo otimo texto !!!

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  19. Muito bonito esse pensamento de que "as opções são limitadas". Realmente são, mas isso não justifica alguns crimes. Pode até justificar a criminalidade do traficante, do ladrão... mas não justifica certas crueldades que são cometidas por todo tipo de gente, não só pelos pobres. Tem muita gente rica matando para continuar no poder... mas a vida humana não vale nada no Brasil. Mesmo que vc seja preso depois de matar alguém, amanhã está solto e pronto para tirar a vida de outra pessoa. Esse discurso social para explicar o crime não entra na cabeça de alguém que já perdeu um familiar ou um amigo assassinado. Eu nunca perdi, mas me coloco no lugar dessas pessoas. Se dependesse de mim, o regime era o do Nascimento mesmo... ou pior. Tolerância zero com assassinos.

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  20. 1)Fanforronice é querer levar tudo na sacanagem, sem um mínimo de esforço crítico.
    2)Não é uma crítica ao filme ou ao ator. Gosto muito de ambos. É apenas uma análise sobre um personagem...
    3)O blog NÃO É MAIS do Felipe Neto. Dá uma olhadinha no Quem Somos
    4)O Capitão Nascimento ajuda mais o país do que eu filosofando num blog? Se eu conseguir conscientizar de que o inimigo real é outro, acho que já fiz minha parte. Entretanto, NO MUNDO REAL, eu trabalho no outro extremo, ajudando o tipo de pessoas que (no primeiro filme) ele extermina.
    5)Valeu, Felipe! hahaha

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  21. felipe neto me trouxe aki²

    opnião bem fundamentada!

    -UP (não sei pq eu tc "up") ^.-

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  22. Texto muito ruim ... Não falo da idéia, falo do texto !!! Quanto a idéia ? Também é ruim... =D Mas enfim, como tu mesmo disse: "cada ponto de vista é a vista de um ponto" E essa é a vista do meu ponto ;)

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  23. Muito boas suas observações. Tocam pontos subentendidos dos dois filmes e trazem aos olhos dos menos "letrados" o verdadeiro motivo do filme: mostrar que temos que combater erros com outros erros, pois num passado não muito remoto, nos foi impedido de mudar erros com acertos. A roda-viva da sociedade girou passando do ponto de onde poderíamos vislumbrar uma mecânica mais justa de agir frente à desigualdade social e seus efeitos colaterais. Estamos correndo atrás do prejuízo e contra o tempo. É isso que eu vejo com os dois filmes.

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  24. Ótimo texto, falem o que quiser, mas o coronel Nascimento é o maior anti-herói ou anti-vilão brasileiro, e ele tem minha sincera admiração, não pelas mortes, onde a maior parte do povo vê a fodacidade dele, mas pela sua sinceridade e determinação em cumprir suas missões.

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  25. Só teria que ser mais sucinto se quisesse passar essa opinião pra um número maior de pessoas. Também concordo em alguns pontos e discordo em outros, mas grande parte do texto me pareceu mais pra encher linguiça.

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  26. AYUME E SILVANA
    Em alguns casos, temos que agir imediatamente, é verdade. Mas dá uma olhada no meu outro texto aqui, o "Rio de Janeiro - entre muros e estilhaços". Explica bem o que penso sobre a emergência do combate à violência.

    THIAGO F.B
    À vontade pra criticar, cara. Mas quando for fazer isso, da próxima vez, aponte o que não gostou, belê?

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  27. Assunto bastante relativo...

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  28. falou tão bonito e errou logo no "mal" mal = bem, mau = bom

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  29. Ponto de vista interessante, acredito que depois da vontade de abrir a porta com pontapés, muitas pessoas chegaram a uma análise parececida com a tua.
    Mas se trata de uma visão bem pessoal, baseada nos teus valores e conceitos em relação a vida.
    São muitas variáveis envolvidas, então não tem como ser taxativa mas levando em consideração o que eu li, eu devo dizer que descordo em parte.
    Bom texto! ^^

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  30. Velho um conselho de um amigo navegante va ler um pouco mais sobre a vida dos policiais. Só sabe o que a vida de um policial quem acompanha de perto. Leituras de livros nao servem de base para praticas no campo policial, sua visao e muito superficial em relaçao ao dia-a-dia de um verdadeiro policial comprometido com o bem estar da população. Mas seu comentario vale a pena ser lido, ao menos nao negligencia algumas partes como muitos pseudointelectuais da grande midia faz por meras ordem superiores.

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  31. felipe neto fez eu ler esse testão!

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  32. E aliás, o Wagner Moura é bem atraente mesmo; tem nego de 20 anos que não dá 50% dele. [2]

    ...Eu prefiro um país cheio de Capitão Nascimento que um país cheio de Tiririca...

    De qualquer forma, eu acho que um Capitão/Coronel Nascimento que "não tem noção dos reais problemas do país" ajuda mais a sociedade mandando traficante pra vala do que quem fica filosofando em Blog.

    ...mas é só minha humilde opinião.... [2]

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  33. O Capitão Nascimento é um policial e cumpre com louvor a sua obrigação. Não é função da polícia evitar a marginalização, e sim da família, escola e etc.

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  34. vc demonstrou seu ponto de vista, tudo bem, mais isso eh um filme kra, vc tem q ver alem de um personagem. Por exemplo, o pq dele ser acim: sera por culpa do treinamento da policia? Ou dos kras no poder q fizeram merda no passado e agora tentam limpar a sujeira? O personagem eh soh mais um fantoche como ja disseram, e vc deve parar de criticar o jeito do capitão... ops coronel. Eh soh mais um jeito de rebeldia contra a vida forçada pelos poderosos.

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  35. Cara, to criticando seu texto de boa, mas tb quero ser breve.
    Você tá querendo criar uma nova categoria que eu acho desnecessária. O Nascimento é um herói, pq ele não age por interesses proprios.O fato dele ser manipulado não faz dele um anti-herói (ou anti-vilão como vc ousou chamar). O que eu quero dizer é q ele segue um ideal. E não está interferindo nas açoes do protagonista, então não pode ser vilão.
    Os exemplos que vc deu estão todos fora do conceito também. Heróis como Homem-Aranha e Superman são os ideais de todo universo de heróis. Para dar bons exemplos de anti-herói vc poderia ter citado Constantine, Conan ou até mesmo o Wolwerine.
    Faça o seguinte: pesquise mais acerca do assunto antes de escrever um texto ousado deste, para não repetir besteiras.

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  36. "Prefiro um país cheio de Capitão Nascimento que um país cheio de tiririca..." Sim é verdade, tbm prefiro..
    Um cara disse uma coisa bem real. "Não é nos livros de filosofia que você vai encontrar algo sobre a realidade de um polícial."
    Você não deveria falar desse personagem e da vida de um policial tão superficialmente. Ele não é vilão nem herói amigo, ele é "Polícia" e polícia foi feito pra acabar com bandido desde que nascemos, seja ele o bandido pobre, vindo da favela e com poucas escolhas ou o bandido De elite, o mafioso e etc... Bandido é bandido em qualquer época e nacionalidade. Simples assim.
    Um velho ditado popular - "Tá com pena? Leva pra casa." e acho que ninguém quer bandido em casa.
    Tanto o personagem Nascimento como qq outro policial fazendo seu trabalho no dia a dia, como deve ser feito tem meu apóio e muitos outros.
    Mas ainda assim é um texto interessante.

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  37. Parabéns pela análise! Realmente, o personagem não olha com humanidade as pessoas nas favelas, no entanto, entra-se novamente na questão da educação. Todos os meninos que carregarão armas, carregam uma ideologia muito forte, inquestionável.
    Acrescento que não há de se pautar unicamente nos dois filmes "Tropa de Elite" (1 e 2), a trajetória do diretor José Padilha começa com o documentário "Onibus 174", nele há a perspectiva dos meninos marginalizados e aponta fatores que desembocam no crime.
    Voltando ao TROPA, quando a polícia é acionada, a questão passa das análises sociológicas, filosóficas, acadêmicas,... as respostas devem ser firmes, é represão. O filme foi importante quanto ao simbolismo do banditismo social, com "vilões" romantizados, "coitados". A população teve uma nova visão para os confrontos (que não precisa, e não pode ser a única), um olhar que parecia estar esquecido - não sou do Rio, só vi toda a confusão pela TV, mas vi senhorinhas fazendo corações com as mãos para os soldados do BOPE, enquanto eles subiam o morro -.

    Comentário de quem pouco sabe e vê as mídias comuns,... entendam minhas falhas ;)

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  38. Reeeeeeeeesume amigo

    nossa, juro que eu quis ler, mais que enrolação, va direto ao assunto

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  39. Muito bem colocadas as palavras sobre o filme...é exatamente isso, só discordo das bochechas de bulldog do Wagner Moura (Achei uma pontinha de inveja rs) sobre a crítica ao Wagner Montes pois apesar de muito popular e comediante, ele com isso irrita os pseudo-cult, defende a Educação e é favor que bandidos paguem pelos seus crimes, que como ele mesmo diz, se 'trocar' com a polícia tem mesmo que morrer...hoje em dia não tem jeito, essas pessoas não tem como melhorar mais, quem tá crescendo tem como reverter, mas quem já é criminoso já era, o sistema penitenciário que temos deixa eles piores infelizmente, então sobra pra polícia limpar as ruas, enquanto das coberturas se fecha os olhos fingindo que são contra tudo isso...direitos humanos e blá blá blá que enchem a paciência e causam enjôo...quem tem dinheiro é hipócrita nessa cidade, isso é a mais pura verdade!

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  40. Muito bom esse texto. Se as pessoas conseguisse entender a mensagem que tentou passar, seria muito bom.
    Gosto do filme.Concordo com o que vc disse e para além disso, acredito, que falta o TROPA DE ELITE 3,com o Cor. Nascimento entendendo e combatendo a CAUSA que gera essa mazela social e não seus efeitos como mostra nos dois filmes.
    O próximo deveria falar sobre a relação capital/trabalho.

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  41. Nossa, complicado isso...criticar assim,apenas por ter gostado do típico filme de sangue, não posso falar muito do segundo filme,porque ainda não vi ( não tive vontade), mas o primeiro filme me pareceu ser até legalzinho, para se ver, ao tentar fazer uma analise, percebi um filme que ignora os motivos e diferença sociais que acarreta a violência, e nos mostra uma solução ainda mais simplicista(vamo mandar bala em todos os favelados) Sera mesmo que isso resolveria? E os politicos são os unicos responsaveis ( se não estou enganada e o pensamento do segundo filme)? A participação social não estaria sendo falha? A educação(quando me refiro a educação não e apenas aquela escolar, mais a social e familiar) não teria que desempenhar um de concientização afim de evitar esse quadro de violencia que vivemos hoje no país? Não vejo legado algum deixado pelo filme ( alem e claro dos jargões que repercutiram por algum tempo). A discução que se criou foi apartir da crítica negativa do filme. O Wagner Moura pode ser sim um grande ator(ñ e isso que esta em discução), mas o papel que ele desempenhou não auxliou em nada uma tentativa de resolver este problema. Muito pelo contrario.

    Adorei o texto e a forma que foi escrita, assim como estou gostando de todos os pots da nova fase do Controle remoto (conheci o blog quando ñ estavam mais publicando novos posts li apenas os antigos e os foruns), são poucos os blogs que encontramos discuções tão legais como aqui...

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  42. Ótimo texto, fazendo-nos enxergar além dos bordões e frases de efeito dos filmes. Eu mesma não tinha parado para pensar sobre certos pontos. O egoísmo do Nascimento e sua frustração em não alcançar objetivos já haviam sido mostrados no primeiro filme. O diferencial do seu texto é justamente desfocar essa visão de heroi com a qual as pessoas viam o personagem, inclusive eu. Levando em consideração seus argumentos, fica claro que o Nascimento não é um heroi nem um vilão. Entretanto, fomos "treinados" a admirar os mocinhos, personagens que fazem justiça com as próprias mãos, que quebram regras quando não conseguem um apoio superior. E quando esses mocinhos vêm armados e deixam um rastro de sangue, parece haver mais emoção do público.
    +

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  43. Felipe Neto meu futuro marido (kkkk) me trouxe aqui :D

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  44. E mesmo com essa eminente impotência, o personagem parece 'dar a volta por cima' e tentar desbancar o sistema ou parte dele.
    Muitos ainda vão enxergar o Nascimento como um heroi, com suas peculiaridades assim como tantos outros, mas um heroi de fato.
    Mas, sinceramente, apesar de suas contradições ou de sequer saber "para quem luta", o personagem do Coronel Nascimento retrata uma realidade: a indignação com a impunidade e a vontade de mudar as coisas, de fazer justiça.
    +

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  45. E, seja através de um texto por blog, manifestações nas ruas ou apelos desesperados (e inconscientes) para que haja um massacre em nosso país, todos deveríamos ter um pouquinho do Nascimento. Questionando as autoridades, as corrupções e indo atrás dos nossos objetivos como um todo. Aí sim, e talvez somente assim, as coisas mudem.

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  46. No fim das contas você não chega a conclusão alguma sobre o personagem.

    Achei o texto ruim, perceptivelmente dotado de necessidade excessiva de mostrar um conhecimento abrangente, como pode-se perceber pela infeliz citação de Aquiles e Caetano. E pelos vícios de linguagem. Mas sei que esse não é um texto acadêmico, enfim... (Ah, e pelo xingamento aos leitores - alienados/preguiçosos - se quiser dar seriedade e crédito ao texto, procure tocar o leitor de outra forma que não seja xingando)

    Além disso, o ponto de vista parece-me equivocado. Ao meu ver, você classifica Nascimento como alguém alienado, matador, não sendo assim nem herói, nem vilão, nem anti-herói. Discordo que ele seja alienado - o fato de ele ter focado a solução no combate ao produto da exclusão social (os traficantes) não o classifica como alienado. Afinal, os traficantes, mesmo sendo o resultado de toda uma marginalização e exclusão social, são o produto, ou seja, não há mais como mudar a realidade dessa parcela. Não defendo, entretanto, que a solução seja a pena de morte.

    Sendo assim, percebe-se que o foco do filme é o combate ao tráfico pelo PRODUTO DA EXCLUSÃO SOCIAL, e não pela PREVENÇÃO ATRAVÉS DE PROGRAMAS SOCIAIS ETC.

    Ah, e o Felipe Neto me trouxa aqui também.

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  47. Bastava ter mandado ele ir se fuder.

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  48. LFelip
    Cara, 'brigado pela crítica construtiva - é desse tipo de reflexão que o blog precisa. Concordo que a categoria que criei no texto é desnecessária, mas qual é mesmo a motivação de se chamar algum personagem de anti-herói? rs. De qualquer maneira, acho que tua contra-análise não se sustenta, primeiro porque o Nascimento age por interesses próprios e segundo porque um herói pode agir com esse tipo de pilar (é o caso do Aquiles, que citei no post). O Super-homem, REPITO, é o exemplo-mor de herói, diferentemente do Homem-Aranha que é um anti-herói, pois é muito menos idealizado que o Clark Kent (o surgimento desse tipo de personagem nasce na década de 80, com o enfraquecimento da polaridade na Guerra Fria, quando as concepções se tornam mais difusas e relativas) - repare, no Cinema e na Literatura, a dubiedade dos personagens. Watchmen é o grande exemplo disso.

    'Saparada. ;)

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  49. Larissa e Thamires: são comentários assim que motivam novos textos! Valeuzaço! ;)

    Vanessa: Não é inveja, sou muuuuito mais bonito que ele - segundo minha mãe e, talvez, minha namorada. rs

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  50. Maria
    Não chego a uma conclusão? Drummond dizia que quando alguém não entende um texto, há um burro entre o escritor e o leitor. Eu já acho que, em geral, é só uma diferença de linguagem. Neste caso, em especial, minha intenção era desconstruir a imagem do Capitão Nascimento, negando-o enquanto herói. O motivo disso não é a alienação, exponho outros pormenores no texto, mas é óbvio que ele é alienado de mil coisas - ao longo da trama, isso está mudando.
    E uma resposta final, a você e todos outros que comentaram algo parecido: não afirmo que tudo seja passível de mudança, mas garanto que até as características subjetivas não são estáticas.

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  51. Voc deve ser um daqueles "maconheirozinhos" que o Mathias fala no primeiro filme. Se voc vivesse nesse conceito iria entende como a coisa é real e nao filosoficamente

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  52. Vocês erraram e feio sobre o que falaram do Wagner Montes!

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  53. Cara,isso sim é uma crítica em relação ao filme.Para os senhores anônimos xiliquentos entenderem,críticas nem sempre são pejorativas.Esse não é um texto que busca destruir ou desmoralizar(como alguns falaram por aí) um personagem,um filme e muito menos um ator.Apresenta uma opinião diferente,sempre válida em discussões inteligentes, sobre um assunto repleto de polêmicas e,infelizmente,pessoas que só se preocupam com o número de bandidos que vão pra vala no filme.A opinião por si só já é válida,mas ela principalmente possui argumentos nos quais se apóia.Afinal,não é isso o mais importante?

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  54. Po esses caras ao invês de ir trabalhar ou estudar ficam escrevendo uma MERDA dessa !

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  55. mano...é o seguinte:
    Coronel Nascimento está certo em mandar matar todos os traficantes. Porque? Por que esse tipo de gente não está nem aí pra nada e caso alguém atravesse no seu caminho vai pra vala. Uma das frases que mais ouço é: "Antes ele do que eu"...ou seja...se o policial não matar o traficante, o traficante vai matar o policial e vai tomar o poder criando uma guerra urbana. A merda começou a ser feita desde o tempo que o Brasil passou a ser República e "jogaram" os negros que foram libertos de serem escravos pela Lei Áurea pois os brancos não davam oportunidades para eles. Se organizaram nos morros do Rio e em outros lugares. O "crime organizado" propriamente dito começou na Ditadura quando misturavam presos políticos com presos "normais". Agora a parada é acabar com essa porra toda do jeito mais ágil, rápido e fácil. METENDOBALA!!!

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  56. Não sei se é só pra mim,... Mas todas os fins das linhas estão já na parte preta da janela. Depois de um certo horário, fica complicado para ler. Se houver o problema, seria legal se alguém aí deixasse todas as letras pretas na parte branca =D

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  57. simplesmente maravilhosa sua análise! está de parabéns.. concordo e respeito o que disse, mas é claro que assim como voce, tenho minha opinião e não colocaria alguns pontos no texto do modo em que colocou.. mas novamente, parabens!

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  58. Sinceramente achei o texto sem fundamento algum e muito fraco. Para mim seu propósito principal era somente mostrar que possui um conhecimento excessivo (o que não significa exatamente que o tenha). Há citações incabíveis ao texto.

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  59. Muito bom esse texto. Li ele todo e acho que concordo com todos os pontos de vista expressos. Realmente, o Capit.. Coronel Nascimento, é um anti-vilão.. E pensando bem, se fosse me classificar, acho que eu também seria uma. Ótimo texto!!

    Felipe Neto me trouxe aqui pela primeira vez e sempre acesso!! [perda de tempo comentar isso.. ¬¬]

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  60. Incrível como que a maioria das pessoas que estão comentando sequer assimilaram a ideia do texto. Quem já leu Vigiar e Punir de Foucault sabe muito bem do que o autor está querendo dizer.

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  61. “Sempre tem um intelectualzinho de esquerda botando merda na cabeça das pessoas….e eles convencem muita gente.”

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  62. Aos anônimos ou pseudônimos, mega-corajosos que sequer põem a cara à tapa: vivo razoavelmente nessa realidade, pois moro no subúrbio e, ainda por cima, TRABALHO COM JOVENS EM RISCO SOCIAL, moradores de rua, usuários de drogas e detentos. E enquanto vocês torcem pro extermínio, tô fazendo a minha parte em não negligenciar uma exclusão que, infelizmente, eu sou co-autor indireto.

    MAS, ENFIM, É MUITO MAIS FÁCIL FECHAR OS OLHOS, NÉ?

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  63. E um recado ao Capitão aqui de cima: mermão, até o personagem acaba se alinhando ao "intelectualzinho de esquerda" do filme. O triste é que não trata-se de lados políticos, mas de enxergar o óbvio.

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  64. Vamos lá, comecei a ler pra ver onde tu queria chegar com o título (afinal, me deixou curiosa a sua ideia de nos apresentar um anti-vilão)... Mas parei quando você adjetivou o Lula. O Homem-aranha gagueja, tropeça. O Shrek é grosso, porco. O Lula é nordestino. Pejorativo não?
    E não é porque ele é presidente e eu nordestina... 'é só uma diferença de linguagem'.

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  66. Ana Luísa, esta foi definitivamente uma diferença de linguagem. Meu pai é cearense e um dos meus melhores amigos é de Pernambuco. Quando falei sobre o nordeste, trabalhei com um estereótipo mesmo - para CONTRARIÁ-LO, cassarola! É só atentar que o típico herói e galã brasileiro está longe de ter os caracteres daí. Isso é uma constatação, não uma avaliação. Óbvio, os conceitos são fundamentados em contextos (sempre históricos e locais),tomara que um dia essa parte do texto não faça mais sentido. =)

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  67. Muito bem observado e muito bem escrito!
    Concordo com a maioria do que você escreveu, mas admito que quando saio do filme deixo o Capitão Nascimento que existe em cada um de nós crescer um pouco. Acho que tem muita coisa que o Capitão Nascimento fala (principalmente no segundo filme) que é digna de atenção, como a manipulação que existe na mídia e outras coisas, mas não podemos fechar a nossa cabeça e focar na solução que é melhor para nós mesmos...temos que pensar numa solução que seja melhor para todos simultaneamente. Pois a gente as vezes pode pensar que é só o nosso mundo, feito de pessoas que nós amamos, que importa, mas não é bem assim...a sociedade é uma coisa só. Enfim, acho que se todo mundo pensasse mais no próximo tudo seria melhor!
    mais uma vez parabéns pela crítica!
    Bárbara

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  68. Ok, você diz que foi pra contrariar mas, veja, você usou uma conjunção coordenativa adversativa (também sei falar bonito e embasada) pra contradizer e não deixou de ser pejorativo. 'Nordestino, mas mas reconhecidamente um dos grandes ícones da história deste país ...' Não falo por (te) achar preconceituoso, falo só pra escolher melhor as palavras. Afinal é PEJORATIVO dizer que apesar de nordestino é um ícone nacional.

    Outra: 'Anti-héroi (...) é mais humano e menos idealizado.'
    Essas não são características de anti-herói, essas são características do herói que surge no movimento romântico rompendo os padrões clássicos (Aquiles, clássico, exemplo seu).

    Mais: Pra entender um verdadeiro herói, faça uma análise de Drummond (exemplo seu 2) em Balada do amor através da idades. Ele caracteriza o herói desde quando vovó era virgem até hoje.

    PS: Ah, Wagner Moura é galã e é nordestino. Ele tem o estereótipo? huauha

    PS2 (que não é o video game): Tudo é passível à critícas, basta saber aceitá-las (e não falo de aceitar pra poder aparecer aqui, hein?)

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  69. Frases como essas mostram o total desconhecimento da realidade : "Coronel Nascimento está certo em mandar matar todos os traficantes. Porque? Por que esse tipo de gente não está nem aí pra nada e caso alguém atravesse no seu caminho vai pra vala."

    O que me deixa triste é saber que pessoas com esse tipo de pensamento muitas vezes estão em locais que se pensasse diferente talvez pudesse mudar o rumo de muita coisa.

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  70. [spoiler]
    O Capitão Nascimento mostrado no filme realmente pode ter esse lado violento, mas não concordo que o mesmo não se importe com os traficantes que morrem, pois apesar de assassinar diversos deles e dos interrogatórios extremamente severos o filme o mostra como alguém que sofre de insônia profunda entre outras reações físicas que demonstram o sofrimento sentimental altíssimo que ele carrega pelo uso de tamanha violência.

    O filme se concentrou não em mostrar algo como um herói, do tipo do homem-aranha, super-man entre outros que foram mencionados, mas se concentrou em mostrar esta realidade, tal como as milícias e os políticos.

    Se realmente precisar escolher. Arrisco-me a dizer que o Capitão se encaixe mais como um herói do que como um vilão, pois o mesmo é o principal combatente ao crime do filme e esta característica, do meu ponto de vista, o torna herói. Mas não vejo desta forma, pois visto pelo lado da realidade, muitos inocentes também acabam envolvidos (como o próprio filho dele), e também por concordar que a matança não resolve os problemas.

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  71. Reforçando acima o LFelipe, também recomendo uma pesquisa melhor para a elaboração de uma crítica, pois concordo em dizer que os exemplos de heróis comparados não estão na mesma categoria.

    Talvez o Batman, insensível e talz, mas Shrek, Homem-Aranha e Superman não tem muito haver com o estilo de filme, nem com assunto tratado.

    Desde já segue o abraço!

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  72. Ana, em primeiro lugar, eu queria dizer que assimilo bem as críticas - como as que você fez em relação às categorizações literárias. Mas preciso dizer que não estou preso à Literatura: a modernidade brasileira apregoava um caráter essencialista à cultura (vide mito das três raças), mas a síntese de brasilidade era fruto da miscelânia que somos. Portanto, tratava-se de uma dialética bem resolvida: ou seja, algo batante moderno. O anti-herói, em termos filosóficos, é um tanto pós-moderno, vive num conflito sem fim, o ser e não ser - ao mesmo passo que é herói, tem absurdas fraquezas.

    Fraquezas. Adjetivação pejorativa. Mas, cara, eu sou baixinho. Fui pejorativo comigo mesmo? Usei uma adversidade gramatical, sim. E é fato que a seleção das palavras é sempre filha de nossas concepções (não necessariamente conscientes). Mas veja bem... você me levantou a bola: é uma adversidade ser nordestino e ocupar certos espaços, como o Wagner Moura ser galã. Não estou dizendo que é impossível um nordestino ser herói (muito menos que sou contra) mas é, como você disse, uma adversidade. E não foi usada à toa. Se ofendi alguém, mais do que não ser minha intenção, não é minha prática e perspectiva.

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  73. Cara, sou leitora anônima/não-comentarista do Controle Remoto desde que o Felipe Neto nem sonhava em virar modinha =)(não que eu tenha especificamente algo contra). Acabei parando de ler porque o blog tava ABANDONADO mesmo. Agora vejo que tem uma galerinha crítica colocando o negócio pra frente e vem uma cambada de anônimo vindos do Não Faz Sentido achar que isso aqui é cópia, inveja, pseudointelectualismo ou algo que o valha Oo Pelamor, continuem escrevendo que os textos tão muito bons!
    Críticas sobre o texto?
    a)O texto ficou de fato meio, hã... Enrolado, hermético? Chato. Tipo, é aquele tipo de texto não te dá vontade de ler à medida que o texto flui, mesmo que o assunto seja interessante, sabe? Ok, ok, o embasamento teórico tinha que ser bem defendido e é uma crítica, não simplesmente um texto de entretenimento, mas... acho que tu pode trabalhar mais isso nos seus próximos textos =P
    b)Apesaaar do item de cima, tenho que te dar os parabéns que como crítica ficou excelente. A criação da categoria é desnecessária? Como tu falou, se analisarmos só assim, chamar de anti-herói tb é (ainda que pessoalmente eu ache que o Capit..Corononel Nascimento esteja mais pra anti-herói mesmo, tuas colocações me fizeram refletir um pouquinho =)
    c)O mal que você escreveu deveria ser mau e blá, blá, blá... Errar ortografia dá pra perdoar. O que não pode num texto como esse é ter dificuldade em interligar as ideias - e isso tu não teve.
    Concluindo: continuem escrevendo os textos que vcs já tem uma leitora garantida =D

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  74. Então, Vitor... eu não quis colocar os heróis na mesma categoria. Exatamente o oposto. Talvez eu tenha me explicado mal em relação ao homem de aço: ele é um herói clássico, mas até ele teve suas características mudadas na década de 80. Pra quem não sabe, ele quase perde uma corrida pra um humano em umma HQ.

    Quanto ao Shrek e Homem-Aranha, mesmo que por motivos distintos, são sim anti-heróis - em medidas diferentes, digamos.

    Mas tá ótimo... acaba que os comentários servem pra explicar e discutir melhor o que eu que pretendi no texto.

    Abração!

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  75. Assim... eu gosto de colocar um tom sarcástico e tal, mas no devido momento. Até o fiz aqui, mas tentei não desviar demais, porque o assunto é muito denso. Acho que, quanto a isso, são dois problemas: 1)No CR antigo, eu podia escrever bastante que o pessoal lia. Aqui, ainda não é exatamente o mesmo público. Por enquanto, parece que preciso ser mais suscinto; 2)Gosto é gosto...

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  76. Concordo com o que foi dito. Quanto mais a visão do que é certo e o que é errado for abrangente, mais acertos. Porém, passei a acreditar que na prática as coisas devem ser diferentes. Se formos levar em conta a sucessão de ações que levam a um situação, e tentar conciliar todas as partes, não faremos nada, porque é impossível. Para agir, é preciso ser movido por um ideal - o qual desconsiderará outros. No caso, acredito que o ideal que serve melhor à sociedade é a de ações práticas. Como as que são representadas pelo BOPE. É claro que seria ideal que certos exageros fossem corrigidos.

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  77. Você não acha que devido a própria estrutura social em que vivemos esse tipo de anti-vilão seja um mal necessário? Veja, as forças de repressão do poder público são criadas com o objetivo de proteger a população. Acontece que o mal uso do poder público acaba tornando isso uma arma contra a própria população, ajudando a perpetuar seu poder. Não vejo o capitão-err...coronel- Nascimento como um vilao ou um anti-vilão. Nem o Fraga como herói ou anti-herói. São apenas dois seres humanos que dão tudo de si para, dentro da sua perspectiva
    social, resolver o problema que eles não criaram. A ação da polícia muitas vezes é violenta, cega e injusta. Mas é necessária para que a outra porção da sociedade, aquela que pensa no longo prazo e em soluções duradouras, não seja tomada por um caos social que impediria definitivamente sua ação. Ou seja, a falha da polícia (solução de curto prazo) em agir de forma mais consciente é apenas um reflexo da falha da sociedade em se organizar. Admiro o que você falou sobre trabalhar com pessoas carentes mas, vamos lá, você é uma exceção. Conheci muitos "filósofos sociais" que se recusavam mesmo a andar de ônibus ou conviver com as pessoas que eles estudavam ( e se irritavam quando elas não se encaixavam em suas teorias). O que precisamos é de pessoas honestas e dipostas a agir, seja na ponta da solução de curto prazo quanto na de longo prazo.

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  78. Discordo totalmente... como falou alguém mais pra cima, prefiro um país cheio de capitães/coronéis nascimento do que cheio de tiriricas...

    e sou mais extremista ainda, sou totalmente a favor da exterminação de traficantes, bandidos, policiais corruptos e bla bla bla...

    sobre o filme, ele só me fez ir mais ainda contra os direito humanos... "direitos humanos para humanos direitos", é a melhor frase já feita!!!

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  79. que historia essa que "Lula: Lula: nordestino, baixinho, gordinho, dono de uma oratória não muito erudita, sem formação acadêmica, mas...
    o que vocês tem contra o nordestino? vocês acham que nós somos burros?, pessoas ignorantes? você devia ter penssando 2X antes de ter escrito isso!

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  80. Realmente espero que leia este comentário.
    Adorei o texto, embora seja um fã do Capitão Nascimento em ambos os filmes, concordo com o texto quase que por completo. Creio, entretanto, que haja uma grande influência de Foucault nessa criação, não somente pelo "vigiar e punir", mas pelo "A polícia é a representação máxima do uso exclusivo da força por parte do Estado, com a finalidade última de manter as coisas como são."

    Oponho-me à este dito, pois não creio que seja a representação máxima, e muito menos representação do uso exclusivo da força; é sim uso da força, mas baseada em ordem, não é força, apenas, e não deve ser força extrapolada, como dizia Balu "somente o necessário". Há que se manter ordem, caso contrário, não pode haver vida em sociedade. As desigualdades devem ser combatidas junto à falta de educação, são os dosi maiores problemas do Brasil, e geram todos os outros.

    Quanto à personagem não fazer explicita alusão ao problema da desigualdade, o filme faz, em duas figuras muito importantes, a "mãe do fogueteiro" e o Capitão André Mathias, ambos no primeiro filme; aliás, o Capitão Nascimento na narração do primeiro filme faz esse adendo quando descreve André, logo, a personagem não é completamente cega a este problema específico.

    A pesar da divergência de pensamento, excelente texto, sem tirar nem por.
    Grato,
    @leojribeiro

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  81. Então o governo deveria agir imediatamente na educação, e não exterminando pessoas q não tiveram a oportunidade da mesma.O problema é este.
    Um País sem educação, é um país doente. Que forma pessoas doentes. ( Augusto Cury)

    - Parabéns Felipe Neto, por conseguir formar mentes critícas. Você ensina mais q muitos professores.

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  82. você rodou e rodou e eu não entendi o que você quis dizer mas enfim isso só mostra que você é inteligente e eu não!
    ...
    e o filme é muito foda =D e o nascimento é gato!

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